É frequente a preocupação de pais e mães por seus filhos passarem horas a fio na frente de dispositivos eletrônicos, seja conectado a redes sociais ou entretido com jogos eletrônicos. É comum que tal comportamento venha a alterar a qualidade de vida de crianças e adolescentes, afetando, dentre outros aspectos, seu rendimento escolar e seu relacionamento com amigos e familiares. Há casos, inclusive, de crianças e adolescentes que deixam de se alimentar ou de cuidarem da higiene para não se afastarem dos equipamentos eletrônico. Segue abaixo sete dicas para ajudar os pais a mudarem o comportamento dos filhos:
1) Exponha as regras e as consequências (de quebrá-las): “não comer em frente ao computador” ou “utilizar dispositivos eletrônicos apenas entre 20h e 21h nos dias úteis” são exemplos de regras que podem ser colocadas. As regras precisam estar claras, de preferência por escrito em local de fácil visualização, como na porta da geladeira. Além disso, é necessário deixar claro que quebrar as regrar tem consequência, por exemplo “2 dias sem acesso ao computador (ou vídeo game)”, no caso de adolescentes que quebrem as regras citadas.
2) Limite o tempo de uso: os dispositivos eletrônicos (tablete, celular, computador) não deve ficar à disposição para uso constante. Seja coerente com a idade e atividades realizadas por seu(sua) filho(a). Adolescentes tendem a precisar de mais tempo para realização de pesquisas e atividades escolares do que uma criança de sete anos, por exemplo. Estipule também um tempo diário para uso com fins de lazer, mas não exagere! No caso de uma criança de sete anos, uma hora por dia é mais do que suficiente.
3) Cumpra com o prometido: se você prometeu aplicar consequências caso as regras sejam quebradas, então cumpra. Ou seja, as regras para utilização dos eletrônicos devem ser seguidas independente do seu humor, esteja você alegre, triste ou com raiva. Caso contrário, você ensina que as regras podem ser quebradas e que você é manipulável conforme seu humor. Caso necessite alterar alguma regra, faça com antecedência, deixe a alteração clara para criança ou o adolescente. Ainda que as regras mudem, sempre cumpra com o combinado.
4) Dê o exemplo: pais são os maiores modelos para crianças e adolescentes. Se você passa horas de seu dia em frente ao computador jogando ou em redes sociais, é natural que seu/sua filho(a) queira imitá-lo. Se precisar utilizar o equipamento para trabalhar, mostre isso para seu filho.
5) Coloque o aparelho em espaço de livre circulação: não coloque o aparelho em espaços reservados à criança ou ao adolescente, como no quarto. Dê preferência a espaços como sala ou corredor, de modo que você possa monitorar o tempo de uso e o que está sendo acessado.
6) Coloque senha: não hesite em colocar senha para limitar o acesso ao computador.
7) Brinque com seu/sua filho(a): convide seu (sua) filho(a) para brincar com outros jogos como dominó, dama, xadrez, baralho ou outro jogo de tabuleiro/peça a escolha dele. Também convide para praticar atividades ao ar livre como jogar bola, caminhar, ou passear de bicicleta. Isto ajuda a afastar crianças e adolescentes das telas por um tempo, promove o relacionamento saudável entre pais e filhos, ajuda no desenvolvimento de outras habilidades, já que a brincadeira e a interação social é a principal via de desenvolvimento psicológico nestas faixas etárias.
Em casa, as regras devem ser ditadas pelos pais ou responsáveis. Não se deixe influenciar por frases como “todo mundo joga” ou “meus amigos podem usar o computador o quanto quiserem”. Seja firme e tranquilo, sem se exaltar, e será possível notar mudanças no comportamento dos filhos. As dicas fornecidas aqui podem ser insuficientes para alguns casos, portanto busque ajuda profissional, se as coisas não melhorarem.
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