Viver a vida ao máximo, se sentir realizado, poder aproveitar o que realmente importa para si, sem se sentir culpado. Parece impossível, não é? Nesse artigo você aprenderá como seguir no caminho rumo ao que é valioso e perceber como seus valores pessoais podem ser a sua bússola nessa trajetória, e afastar as pressões sociais dessa jogada. Para começar, é importante explicar que valor não é o que você fala, e sim o que você manifesta, ou seja, quando falamos de valores aqui, estamos falando das ações das pessoas, valores como adjetivo, qualidade ou propriedade das ações, sobre o que é importante e tem valor. Outro ponto relevante, alguns valores são mais sociais ou morais, e outros mais pessoais ou individuais. Essa não é uma divisão binária em que um valor é social ou pessoal, mas uma paleta de cores com vários tons de rosa em que não há vermelho ou branco. Valores como obediência, contribuição, generosidade, gratidão, espiritualidade, honestidade, dedicação, respeito, fidelidade são mais sociais, e estão relacionados com o que a sociedade, grupo social ou família desejam ou esperam, e nem sempre produzem benefícios individuais. Estes beneficiam mais a sociedade ou grupo, em detrimento do indivíduo. Com isso, ainda que você perca um pouco, todos do grupo social ganham direta ou indiretamente com as ações orientadas por esses valores. Resultados práticos de valores sociais são a organização da mobilidade urbana, expressa nas leis de trânsito, e a coleta de lixo e esgoto. Por outro lado, valores como liberdade, diversão, prazer, sexualidade, sensualidade, prestígio são mais pessoais, e beneficiam mais o indivíduo do que o grupo. Estes são socialmente aceitos, mas sofrem muito mais punições sociais do que outros valores. É claro que os valores mudam de um grupo social para outro, e as pessoas podem mudar de grupo para se sentirem pertencentes a ele, pois possuem valores mais em comum. Ao mesmo tempo, sempre haverá uma disputa entre benefícios pessoais e coletivos entre indivíduos e os grupos aos quais pertencem. E o que isso tem a ver com a sua vida? Perceba que você pode ter valores mais sociais ou mais pessoais, e isso não é uma escolha sua. Você não escolhe os valores que tem, você apenas os identifica e segue na direção deles (para aprender mais sobre valores leia o artigo “Como produzir emoções positivas”). É comum ver clientes confundindo os próprios valores com os valores do grupo social a qual pertence, e com isso se sentindo culpado por manifestar ações desconectadas dos próprios valores. Por isso, parte do nosso trabalho é mostrar que determinadas ações são valorizadas pelo grupo social e não pelo cliente. Ou seja, você pode se sentir culpado por não manifestar ações desejadas pelo seu grupo social, ou manifestar ações relacionadas com seus valores, mas indesejadas pelo grupo social ao qual pertence, e se sentir culpado por isso. Saber diferenciar as pressões sociais do que é realmente valioso para si é fundamental. Toda vez que vier um sentimento de culpa, se pergunte: “essa culpa é resultado de um afastamento dos meus próprios valores ou um distanciamento da expectativa dos meus grupos sociais?”. Se a culpa é resultado de um afastamento dos próprios valores, só há uma forma de corrigir isso: volte a caminhar na direção dos seus valores, volte a ter ações orientadas por eles, ainda que isso implique uma afastamento de alguns grupos. Mas, se a culpa é resultado de um distanciamento da expectativa dos valores de um dos seu grupos sociais, essa culpa não é sua. Ela foi “colocada” aí para te fazer atender mais as expectativas do grupo, e menos as suas. Mais uma dica: quando você age na direção dos seus próprios valores você se aproxima da pessoa que você quer ser, da sua melhor versão. Então se pergunte: “eu estou me tornando de fato a minha melhor versão? A pessoa que eu quero ser?”, se a resposta é SIM, é sinal de que você está seguindo seus valores, e, possivelmente, se afastando dos valores do grupo. A maioria das pessoas que tem clareza dos próprios valores e dos valores grupais consegue notar a origem da culpa, e lidar bem com ela, modulando as ações em função dos benefícios pessoais. Se ainda você tiver dúvidas sobre isso, procure um profissional para te ajudar a clarificar seus valores, pois, no fundo, você já tem tudo o que precisa para ter uma vida plena de sentido e realização, talvez só não saiba como fazer isso ainda.
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Rafael Balbi: contato@consultoriorafaelbalbi.com